Arte: Amanda Lima DEAC/DAC/UnB
Projeto de performances Tubo de Ensaios recebe artistas e professores de todo o Brasil
O evento será nos dias 23, 24 e 25 de setembro pelo canal de Youtube da extensão da UnB.
Por Equipe Tubo de Ensaios 2020
Com o intuito de resgatar a memória dos 20 anos do projeto experimental de performances Tubo de Ensaios, a Diretoria de Esporte e Atividades Comunitárias (UnB/DAC/DEAC), em parceria com a Diretoria da Diversidade (UnB/DAC/DIV), traz uma edição online nos dias 23, 24 e 25 de setembro de 2020, das 17h às 19h30min. O evento tem como tema Transcendental e irá integrar a programação da vigésima Semana Universitária da Universidade de Brasília – 20 anos de conexões.
A edição de 2020, por ser em caráter virtual, não contará com a mostra de performances, como de costume, mas terá o formato de encontro de ex-participantes do projeto. Serão três dias de atividades com falas, depoimentos e ações artísticas. Os encontros terão a participação de professores e artistas de vários lugares do país, bem como de ex-produtores e performers. O acesso ao público se dará pelo Canal de Youtube da Extensão da UnB. “O evento terá falas, mas não é um seminário formal, teremos apresentações de performances e a própria mediação será uma intervenção artística, performática. Estamos preparando algo bem legal e em certo aspecto inovador”, diz Lorena Bicalho, coordenadora desta edição.
Os convidados denominados Tela 10, que participarão das mesas de conversa teóricas e performances, são Ciane Fernandes, Bárbara Tavares, Tatiana Lionço, Monique Magaldi, Fernando Villar, Luisa Günther, Diego Pizarro, Alice Stefânia, Adriana Lodi, Brenda Oliveira Kelly, Magno Assis, Naira Ciotti, Eufrásio Prates e Rita de Almeida Castro.
Dentre os depoimentos e performances Tela 5, estão Ana Adith, Maria Garcia, Kaise Helena e Janaina Sabino, Santiago Mourão, Tatiana Duarte, Mariana Baeta, Renata Caldas, Jenny Choe, Guilherme Carvalho (Palhaço Pipino), Francis Wilker, Eduardo Kolody, Cirilo Quartin, Thiago Jorge, Alessandra Vieira, Rosane Santana, Helen Dieb (Coletivo Pombos Pensantes) e Camila Louise.
E a mediação performática será feita por Arthur Romão, Alyssa Volpini e Daniel Botega.
Tubo de Ensaios ao longo dos anos
As temáticas do Tubo sempre tiveram relação com o contexto político e social do Brasil. Começou com o Apocalipse, em 2000, quando diziam que o mundo iria se acabar. Este ano, o tema traz a noção de que se pode transcender filosoficamente as barreiras do isolamento através da arte e através da tentativa de um encontro de gerações de ex-participantes, de pesquisadores e do público por meio de plataformas virtuais. O tema transcendental relaciona-se, ainda, ao fato de algumas performances apresentadas em outras edições serem agora reinterpretadas para a forma virtual, transcendendo tempo, espaço e técnica.
O Tubo de Ensaios vem fortalecendo a área de Artes Cênicas da UnB e incentivando a formação de artistas, público e experimentadores na arte da performance. Ele serve como mais um espaço transdisciplinar para a experimentação de atividades cênicas, mescladas a outras linguagens artísticas, tendo como principal linguagem norteadora a da performance.
Casa da Cultura da América Latina. Tubo de Ensaios 2017 – TubURBANOS. Temática: Cidade para quem? Foto de Heloísa Abreu
O projeto funciona como um laboratório artístico que desde sua criação realiza encontros e troca de saberes entre pessoas interessadas na prática e na pesquisa da linguagem da performance. Foram 16 edições, que promoveram de forma interativa e poética o compartilhamento de experiências artísticas, protagonizadas nos espaços da Universidade. Desde sua origem, agregou mais de 900 pessoas nos trabalhos de preparação para as sucessivas mostras, entre pesquisadores de arte, artistas, estudantes de graduação e de pós-graduação, docentes e técnicos administrativos da UnB e de fora, com participação de pessoas de outros estados do Brasil.
Ao longo desses anos, os eventos proporcionaram reflexão, questionamento e inquietação a um público estimado de mais de 15 mil pessoas desde 1999. O projeto potencializou vários artistas e grupos da UnB e de Brasília, muitos dos quais se destacam profissionalmente como fomentadores do pensar e fazer artístico no cenário brasiliense, nacional e internacional. Além disso, promove à comunidade universitária, independente da área de formação, um contato com a linguagem e com a prática artística.
Além do resgate à memória coletiva, o idealizador do projeto e coordenador desta edição, Magno Assis, artista cênico e técnico-administrativo da UnB, comenta sobre a temática do ano: “a busca é de promover o debate, na tentativa de irmos além do momento atual de crise mundial e voltarmos para novas alternativas e ferramentas de interação com a arte”, diz. “Que o evento promova a empatia e a alegria do convívio social, o pensar sobre tempo, espaço e sociedade em sua amplitude, e que propicie o mapeamento e constituição de redes sociais, mesmo que virtualmente.”
Continue nos acompanhando para saber mais sobre o que vai acontecer na edição Tubo de Ensaios Transcendental.
Serviço:
O que é: Tubo de Ensaios Transcendental
Quando: 23, 24 e 25 de setembro de 2020, das 17h às 19h30min
Onde: <https://www.youtube.com/c/ExtensãoUnB>
Releases dos convidados Tela 10
Alice Stefânia: atriz, diretora e pesquisadora. Professora Associada do Departamento de Artes Cênicas da UnB, atuando na Graduação e no PPG-CEN. Tem Pós-Doutorado em Artes da Cena na Unicamp (2019), Doutorado em Artes Cênicas pela UFBA (2007) e Mestrado em Artes pela UnB (2000). Desde 2010 coordena o Grupo de pesquisa Poéticas do Corpo, em parceria com a Professora Rita de Almeida Castro, atuando nas linhas de pesquisa Teatro do Instante, Dramaturgias de Ator e Matilha (Matrizes Interdisciplinares em Literatura, História e Arte). Autora do livro Traços e devires de um corpo cênico (Ed. Dulcina, 2013) e coautora e organizadora do livro Poéticas do Corpo, instantes em cena (Ed. UnB, 2016).
Adriana Lodi: doutoranda em Artes Cênicas pela UnB com o projeto Performatividade, Imaginação e Processos Inventivos - Hibridismos entre Teatro e Cinema. Mestre em Artes pela Universidade de Brasília (2016). Possui graduação em Licenciatura em Educação Artística - Artes Cênicas pela Universidade de Brasília (2006) e graduação em Bacharelado em Interpretação Teatral pela Universidade de Brasília (1998). Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Teatro e Cinema, atuando principalmente nos seguintes temas: teatro, interpretação teatral, cinema, mídias pedagógicas, formação de atores e educação. É atriz, professora e diretora de teatro.
Bárbara Tavares: doutora em Artes pela Unesp - SP, mestre em Artes Cênicas pela UNIRIO-RJ, graduada em Interpretação Teatral pela UnB - Brasília, licenciada em Artes pelo (Proform) Universidade Católica de Brasília. Atualmente é professora assistente do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal do Tocantins UFT. Desenvolve pesquisas e projetos na área de Artes, com ênfase no Ensino de Teatro, estudos sobre Método Autobiográfico na formação de professores. direção-encenação, teatro político, relações entre Teatro Cinema, Televisão e Performance.
Brenda Oliveira Kelly: Possui graduação em Desenho Industrial, com habilitação em programação visual, pela Universidade de Brasília (2009) e em Pedagogia (2013), pela Universidade Católica de Brasília. Concluiu Mestrado em Educação em dezembro de 2012, pela Universidade de Brasília. É pedagoga na Universidade de Brasília. De 2016 a 2018, foi diretora da Diretoria de Esporte e Atividades Comunitárias, do Decanato de Assuntos Comunitários, da UnB. É coordenadora da Coordenação de Organizações Comunitárias (UnB/DAC/DEAC/COC) desde 2019. Coautora do Projeto Memória da Diretoria de Esporte, Arte e Cultura.
Ciane Fernandes: professora titular da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia; graduada em enfermagem, licenciada em artes visuais e especialista em saúde mental (arteterapia) pela Universidade de Brasília; mestre e Ph.D. em Artes & Humanidades para Intérpretes das Artes Cênicas pela New York University, Analista de Movimento pelo Laban/Bartenieff Institute of Movement Studies (New York), de onde é pesquisadora associada, e pós-doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela UFBA.
Diego Pizarro: doutorando em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia - UFBA, linha de pesquisa Somática, Performance e Novas Mídias. Cursou Doutorado Sanduíche na University of North Carolina at Greensboro - UNCG, orientado por Jill Green. Mestre em Arte Contemporânea e Bacharel em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília. É especialista em Fisiologia do Exercício pela Universidade Federal de Uberlândia e cursou graduação em Modern Theater Dance na Escola Superior de Artes de Amsterdam. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em performance, coreografia, técnicas de dança, interpretação teatral e Educação Somática.
Eufrásio Prates: doutor em Arte Contemporânea pelo Instituto de Artes da Universidade de Brasília e autor da tese: Música Holofractal em Cena. Possui graduação em Música pela Faculdade de Artes Alcântara Machado (1991), pós-graduação em Administração na Business School da University of Texas e DePaul University of Chicago (1997), mestrado em Comunicação pela Universidade de Brasília (1997) e especialização em Filosofia pela Universidade Católica de Brasília (2005). Pesquisador do LAMAE-Laboratório de Multi-Aplicações Experimentais da UFRJ e pesquisador-fellow do NCE-Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ.
Fernando Villar: diretor, encenador, autor, performador, professor e chefe do Departamento de Artes Cênicas da UnB. Graduação em Artes Plásticas na UnB (1983), pós-graduação em Direção no Drama Studio London (1991) e Ph.D em Teatro e Performance no Queen Mary College, University of London (2001). Artista fundador, diretor, autor, encenador e ator do Grupo Vidas Erradas (1983-89); do TUCAN (1992-2008); CHIA, LIIAA! (2007) e Chia Lia Jr. (2008). Coordenador do Lab Indisciplinar de Investigação e Ação Artística (LIIAA), Villar investiga prática e teoricamente poéticas cênicas contemporâneas e hibridismos artísticos. Criações com diferentes coletivos, universidades e artistas de/em todo Brasil, Américas e Europa.
Luisa Günther: professora do Departamento de Artes Visuais da Universidade de Brasília, atua como pesquisadora no PPG-Arte, na linha de pesquisa -Deslocamentos e Espacialidades-. Por entre diferentes e distintos interesses, desenvolve considerações verbovisuais em: desenho/grafismo/ilustração; metodologias para o ensino de artes; escritos de artista/livroobjeto/intermidia; métodos de pesquisa em artes; performance/fotodança/dança contemporânea; panfletagem e mecanismos de circulação; sociologia da arte e crítica cultural.
Magno Assis: Criador do Projeto Experimental de Performances Tubo de Ensaios, que acontece em edições anuais desde 2000. Graduado em Educação Artística com Qualificação em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília (1999). Especialista em Gestão de Políticas Públicas de Cultura - Universidade de Brasília- 2008. Atualmente é servidor da Diversidade do Decanato de Assuntos Comunitários da Universidade de Brasília - atua na elaboração de projetos de extensão ligados às Artes Cênicas e Direitos Humanos para a comunidade universitária. Artista ativo e pesquisador da cena teatral em Brasília desde 1996. Pesquisador em Artes Cênicas. Estudante de mestrado do PPG-CEN/UnB.
Monique Magaldi: possui graduação em Museologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (2006), mestrado em Museologia e Patrimônio pela mesma universidade (2010) e doutorado em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília (2017). Atualmente, é professora Adjunta no curso de graduação em Museologia da Universidade de Brasília. Tem experiência em museus e desenvolve estudos sobre: teoria da museologia; estudo sobre desenvolvimento, montagem e documentação de exposições; museus virtuais e os usos das Tecnologias da Informação e comunicação em Museus (TIC's). É Técnica em Design de Interiores pelo Instituto Brasileiro de Design de Interiores (IBDI).
Naira Ciotti: professor-performer, formada em História, Bacharelado e Licenciatura, pela Universidade de São Paulo (1983). Mestrado concluído em 1999 com o título O híbrido professor-performer: uma prática, sob a orientação da Prof. Dra. Ana Cristina Pereira de Almeida. Desenvolveu pesquisa de doutorado sob a supervisão dos professores Renato Cohen e Christine Greiner sobre questões de performance, arte contemporânea, memória, arquivo e museus de arte, denominado: O museu como mídia: performance e espaço colaborativo; defendida em setembro de 2005, no Programa de Comunicação e Semiótica da PUC/ SP. Apresenta-se, desde 1994 como performer no cenário artístico, dentre suas obras, a mais conhecida foi a performance Imanência, com curadoria de Renato Cohen, uma estada de oito dias, realizada por oito intérpretes, na Casa das Rosas, São Paulo, 1997.
Rita de Almeida Castro: atriz, diretora e pesquisadora. Possui doutorado em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (2005), mestrado em Antropologia Social pela Universidade de Brasília (1992) e graduação em Ciências Sociais com habilitação em Antropologia e Sociologia pela Universidade de Brasília (1988). Desde 1995 é professora do Departamento de Artes Cênicas da Universidade de Brasília. Atua como professora no programa de Pós-graduação em Artes Cênicas. Foi chefe do depto de Artes Cênicas de 2013 a 2015.Coordenadora do grupo de pesquisa Poéticas do Corpo, juntamente com a professora Alice Stefânia, no Depto de Artes Cênicas da UnB. Coordenadora do NUTRA, Núcleo de Trabalho do Ator, no Depto de Artes Cênicas da UnB.
Tatiana Lionço: Doutora em Psicologia e Professora do Departamento de Comunicação Organizacional da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília. Coordenadora do Núcleo de Estudos da Diversidade Sexual e de Gênero do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da UnB (NEDIG/CEAM/UnB, de 2017 a 2020. Membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (ABEH mandato 2019-2020). Membro do Comitê de Ética em Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais (CEP/CHS) da UnB desde 2015. Tem se dedicado ao estudo da laicidade do Estado e do fundamentalismo religioso na política nacional; do discurso de ódio na contemporaneidade; das fake news; dos processos de subjetivação e sua relação com gênero e sexualidade; das determinações sociais do sofrimento e das redes de proteção nas universidades.